terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Internet 4G no Brasil em 2013


Tida pelo governo federal como fundamental para a realização de grandes eventos esportivos como a Copa do Mundo do de 2014, a internet móvel 4G pode chegar aos smartphones e tablets brasileiros antes da data prevista. A licitação da faixa de frequência 2,5 GHz, que será usada para o novo sistema, está prevista para maio, com lançamento em abril, e tem prazo máximo de ser instalada até o final de 2013, já que é uma exigência da FIFA.

No edital também serão divulgadas as regras para a licitação da faixa de 450 MHz, que levará a banda larga para a área rural, onde cerca de 8,3 milhões de pessoas teriam acesso à tecnologia, informa o site de O Globo. Neste caso, a empresa que ofertar o menor preço ao consumidor será a vencedora do leilão. Segundo a  Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o valor do 4G deve ficar em torno de R$ 60 mensais para os serviços de voz e dados.

Os moradores das grandes cidades serão os primeiros a desfrutar da tecnologia. O novo sistema vai reforçar as comunicações de voz e dados, principalmente nas regiões metropolitanas. Mas o funcionamento do serviço depende da instalação de muitas torres e estações, o que exigirá grandes investimentos por parte das operadoras.

De acordo com o sócio-diretor da Orion Consultores e ex-ministro das Comunicações, Juarez Quadros, o preço dos aparelhos celulares deve crescer e variar entre R$ 1.500 e R$ 1.800. “O preço do serviço 4G chegará alto ao país, e os aparelhos também serão mais caros. Haverá uma contrapartida para as classes menos favorecidas, porque o preço da assinatura mensal do pacote, hoje em torno de R$ 60, terá uma queda de 50% até 2014 com a implantação da nova tecnologia”, disse ao Globo.com.

O governo também estuda oferecer à população de baixa renda uma internet móvel com preço acessível, mas o programa apelidado de “Banda Larga no Bolso” ainda não tem nenhuma perspectiva de ser implantado. Pelas previsões, o projeto não será concluído antes de um ano. Para obter uma redução significativa no valor do serviço, o governo teria de abrir mão de parte dos tributos recolhidos pelas empresas. A proposta é que estas fiquem isentas dos tributos, mas reduzam as tarifas para os usuários. 

Texto de Mariana Carvalho



Nenhum comentário: